A lógica pode ser entendida como o estudo da
validade lógica dos argumentos. Argumentos que não são logicamente válidos são
chamados de falácias ou sofismas. Trata-se de um tipo de argumento que apesar
de ter a aparência de correção é na verdade incorreto. Aqui apresentaremos
alguns exemplos de falácias, conhecer os tipos de falácias é importante para
evitar erros na argumentação e identificar erros lógicos na argumentação
alheia.
Falácia
do apelo à misericórdia / Ad
Misericordiun
Esta falácia consiste em, na ausência de
argumentos, apelar à piedade para alcançar o acordo. Tentar forçar o adversário
a jogar com sua compaixão. Palavras que se movem à piedade, fundamentos e
orações para os amigos são eficazes quando o julgamento depende da multidão. É
uma variedade de sofisma populista, é uma falácia que procura se esquivar da
pergunta. Exemplo:
Advogado: "A promotoria
acaba de demonstrar que o réu matou seu pai e sua mãe."
Réu: "Como podem vocês me condenar? Não veem que agora eu sou um pobre órfão?"
Réu: "Como podem vocês me condenar? Não veem que agora eu sou um pobre órfão?"
A história é triste, mas
sabemos que não é verdade, e fornece uma razão que o protagonista deve fugir da
lei. É uma forma de contornar o problema e buscar refúgio na fragilidade
sentimental do interlocutor.
Falácia
do Apelo à Ignorância / Ad Ignorantum
Este é um argumento
falacioso que conclui que algo é verdadeiro só porque não pode
ser provado como falso, ou vice-versa. Ex.:
"Como não provaram que
fantasmas não existem, então eles devem existir."
"Existe vida em
outro planeta, pois nunca provaram o contrário."
O argumento é válido quando
quem está propondo o argumento não consegue provar sua veracidade, ou
quando o argumentador consegue provar.
Ex.:
Ex.:
"Como a promotoria não
conseguiu provar que o réu é culpado, declaramos que ele é
inocente."
Falácia
do Apelo à Autoridade / Ad Verecundiam
Ocorre quando procuramos
suportar o argumento na declaração de uma autoridade que faz comentário fora de
sua área de especialidade. Ex.:
"Albert Einstein falou
que a cada maço de cigarros que alguém fuma, terá sua vida reduzida
em 5 dias."
Nesse caso, Albert Einstein
podia ser considerado uma autoridade se
estivesse falando sobre física ou algo sobre suas teorias de
relatividade. Mas não podia falar nada como um médico na situação apresentada
acima.
Apelo
à Força / Apelo à Ameaça
Este caso ocorre quando a tentativa de persuadir alguém é
feito não através da força da argumentação, mas sim pelo uso de ameaças. É
claro que nestes casos pouco importa a qualidade das premissas, já
que a força é o que se está propondo indevidamente como justificativa da
conclusão. Ex.:
Filho falando à mãe: "Mãe, porque tenho que
ir ao colégio hoje?"
"Porque sim, não discuta, sou sua mãe e se você não me obedecer, ficará de castigo."
"Porque sim, não discuta, sou sua mãe e se você não me obedecer, ficará de castigo."
O apelo à força na relação pais/filhos é muito
comum. Acontece principalmente quando os pais não dispõem mais de
"energias" para poder argumentar com os filhos. É
importante saber que, embora conveniente em certos casos, essa construção que
apela para castigos e punições não é uma forma correta de argumentação.
Ataque
ao Argumentador / Ad Hominem
Essa falácia consiste em referir-se ao oponente de forma
pessoal e abusiva por meio de insultos e ataques verbais. Usamos o "ad
hominem" como arma para desacreditar ou reduzir a força da argumentação de
nosso adversário.
"Todos sabemos que o nobre deputado é um mentiroso e
trapaceiro costumaz, portanto como podemos concordar com sua idéia de redução
de impostos?"
Nesse caso o "ad hominem" é usado para atacar
um deputado. Seu adversário afirma que o deputado é um mentiroso e trapaceiro,
logo suas ações são desacreditadas.
Veja outros exemplos de falácias em: http://falaciasonline.wikidot.com/tipos-de-falacias
Conhece mais algum tipo de falácia? Escreva nos comentários!
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