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quarta-feira, 4 de junho de 2014

As Falácias




A lógica pode ser entendida como o estudo da validade lógica dos argumentos. Argumentos que não são logicamente válidos são chamados de falácias ou sofismas. Trata-se de um tipo de argumento que apesar de ter a aparência de correção é na verdade incorreto. Aqui apresentaremos alguns exemplos de falácias, conhecer os tipos de falácias é importante para evitar erros na argumentação e identificar erros lógicos na argumentação alheia.


Falácia do apelo à misericórdia / Ad Misericordiun
 Esta falácia consiste em, na ausência de argumentos, apelar à piedade para alcançar o acordo. Tentar forçar o adversário a jogar com sua compaixão. Palavras que se movem à piedade, fundamentos e orações para os amigos são eficazes quando o julgamento depende da multidão. É uma variedade de sofisma populista, é uma falácia que procura se esquivar da pergunta. Exemplo:
Advogado: "A promotoria acaba de demonstrar que o réu matou seu pai e sua mãe."
Réu: "Como podem vocês me condenar? Não veem que agora eu sou um pobre órfão?"
A história é triste, mas sabemos que não é verdade, e fornece uma razão que o protagonista deve fugir da lei. É uma forma de contornar o problema e buscar refúgio na fragilidade sentimental do interlocutor.

Falácia do Apelo à Ignorância / Ad Ignorantum
Este é um argumento falacioso que conclui que algo é verdadeiro só porque não pode ser provado como falso, ou vice-versa. Ex.:
"Como não provaram que fantasmas não existem, então eles devem existir."
"Existe vida em outro planeta, pois nunca provaram o contrário."

O argumento é válido quando quem está propondo o argumento não consegue provar sua veracidade, ou quando o argumentador consegue provar.
Ex.:
"Como a promotoria não conseguiu provar que o réu é culpado, declaramos que ele é inocente."

Falácia do Apelo à Autoridade / Ad Verecundiam
Ocorre quando procuramos suportar o argumento na declaração de uma autoridade que faz comentário fora de sua área de especialidade. Ex.:
"Albert Einstein falou que a cada maço de cigarros que alguém fuma, terá sua vida reduzida em 5 dias."
Nesse caso, Albert Einstein podia ser considerado uma autoridade se estivesse falando sobre física ou algo sobre suas teorias de relatividade. Mas não podia falar nada como um médico na situação apresentada acima.

Apelo à Força / Apelo à Ameaça
Este caso ocorre quando a tentativa de persuadir alguém é feito não através da força da argumentação, mas sim pelo uso de ameaças. É claro que nestes casos pouco importa a qualidade das premissas, já que a força é o que se está propondo indevidamente como justificativa da conclusão. Ex.:
Filho falando à mãe: "Mãe, porque tenho que ir ao colégio hoje?"
"Porque sim, não discuta, sou sua mãe e se você não me obedecer, ficará de castigo."
O apelo à força na relação pais/filhos é muito comum. Acontece principalmente quando os pais não dispõem mais de "energias" para poder argumentar com os filhos. É importante saber que, embora conveniente em certos casos, essa construção que apela para castigos e punições não é uma forma correta de argumentação.

Ataque ao Argumentador / Ad Hominem
Essa falácia consiste em referir-se ao oponente de forma pessoal e abusiva por meio de insultos e ataques verbais. Usamos o "ad hominem" como arma para desacreditar ou reduzir a força da argumentação de nosso adversário.
"Todos sabemos que o nobre deputado é um mentiroso e trapaceiro costumaz, portanto como podemos concordar com sua idéia de redução de impostos?"
Nesse caso o "ad hominem" é usado para atacar um deputado. Seu adversário afirma que o deputado é um mentiroso e trapaceiro, logo suas ações são desacreditadas.



Veja outros exemplos de falácias em: http://falaciasonline.wikidot.com/tipos-de-falacias

Conhece mais algum tipo de falácia? Escreva nos comentários!

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